Tudo começou em 2012, numa madrugada qualquer, num quarto simples, com uma conexão lenta e um coração cheio de vontade de compartilhar. Eu me chamo Lucas, e aos 17 anos criei um blog despretensioso para falar sobre o que me movia: música. Beatles, Rolling Stones, Bob Dylan, Pink Floyd... O Canto dos Clássicos nasceu como um espaço meu — um canto da internet onde os clássicos tinham vez.
O fundo dessa imagem é I.A. mas o print do site é real, e é lá de 2012.
Mas o roteiro da vida gosta de reviravoltas. Um dia, sem grandes expectativas, uma amiga me emprestou um DVD. Era Laranja Mecânica. Aceitei mais por curiosidade do que por interesse real. Mas ao apertar o play, algo mudou. Era como se, pela primeira vez, eu estivesse assistindo a um filme de verdade. Não só vendo, mas sentindo. E aquilo ficou.
Comecei a buscar outros títulos, a mergulhar em filmografias, movimentos, diretores. Ingmar Bergman, Stanley Kubrick, Tarkovsky, Fellini, Truffaut. O cinema não era mais só entretenimento. Era arte, era filosofia, era poesia em movimento. Era, e é, uma forma de entender o mundo.
Foi então que o blog mudou de rumo. Aquilo que antes era dedicado à música abriu espaço para o cinema. O nome Canto dos Clássicos, ganhou novo significado. Se tornou uma forma de diário compartilhado, não sou crítico de cinema, apenas alguém com vontade de criar conteúdo sobre algo que me move.
Sem patrocínio, sem recursos, sem grandes estruturas. Só com amor e vontade. O blog cresceu. A fan page no Facebook — a rede da vez naquela época — também. Meu objetivo sempre foi um só: enriquecer culturalmente a internet brasileira com conteúdo sobre cinema. Mostrar que existe vida além dos blockbusters, e que os clássicos têm muito a dizer.
A ideia da loja veio mais de dez anos depois, em 2023. Um pensamento que nasceu tímido e foi crescendo: e se os filmes não ficassem apenas nas telas? E se pudessem ser carregados no peito, nas ruas, nos encontros? Não com estampas genéricas, mas com criações autorais.
Passei meses, idealizando, testando. Cada estampa nasceu como uma homenagem, como um frame cuidadosamente pensado para transmitir não só a imagem de um filme, mas seu espírito, sua estética, sua atmosfera. Queria que as camisetas tivessem alma, como os filmes têm.
E agora, em 2025, escrevo este texto com orgulho e alegria. A loja do Canto dos Clássicos está no ar. Com CNPJ, com responsabilidade, com tudo feito de forma profissional — mas, acima de tudo, com o mesmo coração que aquele blog de 2012 tinha.
Aqui você não compra só uma camiseta. Você leva com você um fragmento da história do cinema. Um símbolo de resistência cultural. Uma celebração da arte.
Obrigado por estar aqui, por apoiar esse projeto independente, e por acreditar que o cinema pode — e deve — ir além das telas.
Porque os filmes não precisam ser apenas assistidos. Eles merecem ser vestidos também.